sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Que assim seja...adeus Marcos!



Ontem* São Paulo acordou triste e chuvosa. O clima refletia a emoção dos corações paulistanos. As gostas de chuva caíam como as lágrimas de nossos olhos.

Não era por menos. Dali há poucas horas nosso maior santo milagroso estava prestes a pendurar as chuteiras, digo, as luvas. Dali há poucas horas chegava a hora de dar adeus a um dos ídolos incontestáveis de nossos gramados. Dali há poucas hora era hora de darmos adeus a São Marcos e seus milagres debaixo dos três paus.

Vida de goleiro não é fácil. Do céu ao inferno é um instante. Um gol, uma falha pode mudar o destino desse corajoso que assume o posto onde a grama não cresce. Que o diga Barbosa, que até o fim de seus dias amargou a culpa – injusta – da derrota para o Uruguai no Maracanã em 1950.

Mas vida de goleiro pode ser fácil, especialmente se o milagre debaixo das traves refletir naquele caneco tão esperado pela apaixonada torcida. Assim foi com Taffarel consagrado na final de Copa mais sofrida de nossa seleção.

Para Marcos a vida foi justa. Os erros poucos. Na memória da torcida ficaram marcados os momentos de glória, os milagres operados, mas mais do que tudo, o exemplo de homem correto, profissional dedicado, um homem verdadeiro.

O tempo é injusto com os ídolos. Confere a esses imortais pouco tempo para desfilar seu talento para nós, figuras apaixonadas pelo bom futebol. A idade e o corpo sempre batem o desejo e a vontade do jogo. 

Para nós o que resta é entender, aceitar e mais do que tudo aplaudir nosso querido São Marcos!

*11/01/2012, choveu o dia inteiro em S.Paulo.